terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

45. Isabel Cintra Torres

“A Árvore da Virgem Maria”
2011
Acrílico sobre tela
70x50 cm

A ideia desta tela surgiu-me depois um passeio pelo Sítio da Nazaré onde de novo fiquei maravilhada com a natureza. É de uma beleza estonteante, quase tocamos o céu, pois vemos a terra a nossos pés completamente a pique e a uma altura impressionante. É o maior precipício português que eu conheço. Ali, recordei a lenda desse extraordinário penedo e Dom Fuas Roupinho, que andava à caça a cavalo e que este estancou na rocha cravando-a com o seu casco porque lhes apareceu a Nossa Senhora e o Menino Jesus evitando-lhes a morte. Assim a ideia inicial para esta tela surgiu-me, pois a Nossa Senhora padroeira da Nazaré é a do Leite e foi a imagem humana de maternidade do dar o peito que me faltava e eu senti a necessidade de a comunicar de forma original. Leiga em teologia, estudei até aprender que na Fuga para o Egipto, a Sagrada Família (é comemorada desde o século 1 pelos Cristãos coptas =egipcíos como a sua festa da Natividade) deixou o vestígio da sua passagem por Mataria (arredores do Cairo, vale do Nilo, à época seria deserto) onde há a Árvore da Virgem Maria – Ficus Sycomorus (árvore que existiu e é local actual de peregrinação – lá pode-se ver a árvore milenária morta presa por estacas e agora uma já muito centenária plantada ao lado da primeira), local onde a Sagrada Família descansou sobre a sua sombra. A minha imaginação conjugou que Maria aproveitou para dar de mamar a Jesus à sombra da Figueira-doida no deserto, assim e por fim ficou concretizada a minha ideia para “A Árvore da Virgem Maria” que agora exponho.

Isabel Cintra Torres nasceu em 1952 em Portugal

Experiência/Formação:
Autodidacta
Desenho
Pintura
Escultura
Esmaltes
Couro
Pirogravura

Curso no domínio da tecnica de pintura a óleo
Locais culturais visitados em:
Espanha, França, Inglaterra, Suécia, ex-Jugoslávia, Grécia, Itália, Moçambique, Marrocos e Brasil
Línguas estrangeiras: Inglês e Francês

Exposições:
2011
Diversas exposições colectivas no âmbito da Associação Paço de Artes
I Bienal de Arte Sacra e Religiosa de Oeiras
20 anos, 20 Obras, 20 Artistas Centro Paroquial do Alto da Barra
Utopia 2010 Amadora
Desde 2000
Início da exposição pública:
Fabrica da Pólvora - Barcarena
Diversas exposições colectivas no âmbito da Associação Paço de Artes

Colecções:
Privadas em Portugal, Açores, Brasil e Inglaterra

Linhas escritas sobre mim:
Autotidacta e desde sempre com o desejo de criar, encontrou na arte principalmente pelo desenho, pintura e na escultura a forma de se exprimir ora em formas simples meio naif, ora em formas mais complexas e/ou abstratas em que as ideias vêm sempre do real e da vida.
Na pintura, as cores intensas, nos traços, enfim na sua essência, consegue transmitir um estilo mágico e impactante cheio de simplicidade e simbolismo.
Na escultura consegue também, incorporar o seu espirito e sentimento dentro do seu trabalho, deixando que as suas mãos sejam uma extensão do que vê dentro de si, procurando exprimir ideiais românticos, laços sociais e critica social.

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